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Winterverno

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Detalhes

CARACTERÍSTICAS

FormatoBROCHURA
Número de Páginas80
SubtítuloWinterverno
EditoraILUMINURAS
AutorJOAO SUPLICY
Ano da Edição2025
EAN139786555192643
Edição2
IdiomaPORTUGUES
FabricanteILUMINURAS
ISBN655519264X
Páginas80

Saiba mais

PREVISÃO DE LANÇAMENTO: 14/07/2025. O último livro de Paulo Leminski, Winterverno, é invernal como o fim de um ciclo. 'Winter', do inglês, e 'inverno', do português, se unem, encontrando no radical grego inter - que significa 'entre', 'com' - um espaço de travessia, de confluência. Este livro é ambos: estação e encontro. Com traços delicados de sumiê e a própria caligrafia de Leminski, Winterverno é uma obra feita a quatro mãos. O amigo João se lança como quem entra num combate de judô, onde a força está no gesto contido: os poemas inspiram as imagens, e as imagens sopram fôlego aos poemas, numa dança silenciosa. Cada quadro nasce como extensão dos haicais - formas mínimas, concentradas como o frio. Assim, palavra e imagem se entrelaçam, construindo um livro que é, ao mesmo tempo, paisagem e despedida. Uma obra que percorreu, com a exposição Múltiplo Leminski, duas dezenas de cidades no Brasil e no exterior - e que agora volta a circular em livro, exatamente como foi concebida. Estrela Ruiz Leminski. Aos poucos vamos podendo pisar essas pedras que Leminski nos deixou, e que voltam sempre a nos confirmar a grandeza e a profundidade de seu mergulho poético. Depois do corpo de poemas inéditos que veio à luz com La Vie en Close e do deslumbrante Metaformose, recém-lançado, podemos agora curtir esse Winterverno, fruto de um diálogo intersemiótico com João Suplicy. Entre as inúmeras formas de associação gráfica entre imagem e verbo em nossa época - da ilustração à legenda, do caligrama ao logotipo, da pintura escrita à poesia visual, do cartaz à HQ - Winterverno tem uma face singular. A síntese verbal de Leminski e o traçado conciso de João se afinaram com muita naturalidade, numa conversa que nos aproxima da condição do hai-kai, em sua origem ideogramática (dois invernos diferentes formando o mesmo). Aqui os códigos verbal e visual se alimentam mutuamente, ora se complementando, ora se tensionando, ora se traduzindo, ora acrescentando um ao outro novas significações. O resultado é de uma sintonia surpreendente, que muitas vezes incorpora e exibe dados sobre a situação do encontro em que foram feitos - com margem para o salto, o voo, o insight - e toda sorte de coincidências. A simplicidade e a liberdade com que essa relação se faz, tão intimamente, faz lembrar, por vezes, o Nascimento Vida Paixão e Morte, de Pagu, o Romance da Época Anarquista, diário de Oswald e Pagu, ou o Perfeito Cozinheiro de Almas deste Mundo, diário da garçonnière de Oswald - obras/não-obras onde o verbal e o visual se misturam, como a própria criação se mistura à vida. Além de momentos altamente concentrados da poesia de Leminski, além da riqueza de soluções gráficas exploradas por João em seus desenhos, além da delicada interação dos dois códigos, o mais belo desse livro me parece a forma omo ele incorpora em si o processo de sua feitura - exposto no raio x dos suportes precários onde inicialmente o diálogo foi se fazendo (e que compõem sua segunda parte).
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