O Falso Mentiroso
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Detalhes
CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
---|---|
Número de Páginas | 224 |
Subtítulo | O falso mentiroso |
Editora | ROCCO LV |
Autor | SILVIANO SANTIAGO |
Ano da Edição | 2025 |
EAN13 | 9786555325591 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
Fabricante | ROCCO LV |
ISBN | 6555325593 |
Páginas | 224 |
Saiba mais
PREVISÃO DE LANÇAMENTO: 10/07/2025. O FALSO MENTIROSO: paradoxo atribuído a Euclides de Mileto (século IV a.C.), cuja forma mais simples é: se alguém afirma 'eu minto', e o que diz é verdade, a afirmação é falsa, e se o que diz é falso, a afirmação é verdadeira e, por isso, novamente falsa. - Enciclopédia Mirador Samuel é rápido no gatilho, obsessivo e demoníaco. Na casa dos sessenta anos, é artista plástico e mora no Rio de Janeiro com a esposa surda-muda, Esmeralda, com quem tem dois filhos. O romance, somos informados, narra a história da vida intrincada desse homem. Mas será que a vida que nos é narrada pertence realmente a ele? Certos 'fatos' das memórias de Samuel nos incentivam a identificar o narrador com o autor, Silviano Santiago. Ele nos intriga. Para piorar as coisas, o personagem se declara mentiroso: se a afirmação for verdadeira, então ele está mentindo, e o que ele declara é falso, se, no entanto, a afirmação for falsa, ele não é um mentiroso e, sim, um 'falso mentiroso'. Mente ao dizer que mente, embora de vez em quando diga a verdade ... Em que Samuel - ou esse Silviano inspirado nos heterônimos de Fernando Pessoa - quer que acreditemos? O falso mentiroso é um livro picaresco e divertido que brinca com a própria identidade da obra autobiográfica, ampliando com engenhosidade as controvérsias críticas relativas à divisão entre fato e ficção, e às ideias de subjetividade, autoria e representação. No percurso de sua autoanálise, o narrador astucioso de Silviano nos oferece uma versão sardônica do drama edipiano: sua ascendência incerta é o ponto de partida para a proliferação transbordante de vários eus (i)legítimos, cada um com seus próprios amores, verdades e ficções. Esse ser compósito é inevitavelmente oprimido por múltiplos pais, que de tal maneira pesam sobre ele, que acaba precisando ir ao médico para fazer tração. A narrativa de Samuel reflete sobre uma vida profissional forjada no questionamento de genealogias constrangedoras e na prática afirmativa da adoção - simulada - das muitas histórias contraditórias, peculiaridades e paixões que compõem e rasgam a chamada 'identidade'. A voz narrativa fala com autoridade da filosofia da cópia e da apropriação, e da arte de ser similar e do que paira num entre-lugar. Poderia haver melhor coroação de uma carreira profissional do que a maravilhosa ironia de uma narrativa profundamente preocupada com a impossibilidade da autonomia artística e com as relações biológicas e reprodutivas? E que, ao mesmo tempo, se apresenta como uma surpreendente e singular celebração da camisa de vênus? - KARL POSSO Professor de Estudos Latino-Americanos, Universidade de Manchester (Reino Unido)