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Existe Liberdade No Perdão?

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CARACTERÍSTICAS

FormatoBROCHURA
Número de Páginas393
SubtítuloUM DIALOGO COM A FILOSOFIA E A TEOLOGIA A PARTIR DE PAUL RICOEUR
EditoraAPPRIS
AutorRENE DENTZ
Ano da Edição2019
EAN139788553701254
Edição1
IdiomaPORTUGUES
FabricanteAPPRIS
ISBN8553701255
Páginas393

Saiba mais

Paul Ricoeur foi um dos principais filósofos contemporâneos. A riqueza de seu pensamento está fundamentada em diversos fatores, dos quais destacamos dois: primeiro, seu diálogo constante com diversas áreas do saber e suas consequentes interfaces: segundo, sua atenta sensibilidade aos momentos históricos e à sua vivência, suas dores e alegrias. Assim, a temática do perdão se situa como exemplo fundamental dos dois fatores: ele é estudado a partir de diálogos e interfaces, mas também se trata de um tema histórico, que permite uma reconciliação com os acontecimentos, bem como em um nível pessoal. Dentro dessa perspectiva, Ricoeur tem constantemente como pano de fundo em suas abordagens filosóficas, a inspiração teológica. Tais temas se colocam em uma zona limítrofe, entre a teologia e a filosofia. A temática do perdão aparece de forma explícita e sistematizada em uma obra tardia, La mémoire, l'histoire, l'oubli (2000) e por meio de uma abordagem ética e poítica. No entanto, podemos encontrá-la em outros momentos como horizonte, que se mostra, constantemente, como inspiração teológica, tal qual emerge na afirmação da lógica da superabundância. Dessa forma, a articulação da liberdade com o perdão é permitida tendo em vista o projeto ricoeuriano de uma filosofia da vontade, seguindo o caminho de uma eidética (ou fenomenologia), empírica (ou simbólica) e uma poética da liberdade e do perdão. Uma poética da vontade foi um projeto que ficou inacabado em se tratando do tema da liberdade, mas podemos situá-lo dentro da proposta da sequência das obras La Métaphore vive e Temps et Récit. No âmbito do perdão, o projeto concretizado pelo filósofo francês foi o de uma fenomenologia, que está presente no epílogo da obra do ano 2000. No entanto, sugerimos a existência de uma "simbólica" e uma "poética" do perdão ao refazermos a trajetória do pensamento de Ricoeur, analisando seus termos constantes e suas interfaces, sobretudo aquela da teologia com a filosofia. Assim, encontramos como grande exemplo desses temas constantes, que também afirmamos ser o horizonte do pensamento de nosso autor, aquele do "homem capaz". No entanto, essa afirmação de modelo antropológico pode ser sustentada, em última instância, pela afirmação da lógica da superabundância, que é a lógica do perdão. Assim, há o perdão e há a liberdade.