Digno É O Cordeiro

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CARACTERÍSTICAS

FormatoBROCHURA
Número de Páginas120
SubtítuloMEMÓRIA DE UM ANO SOMBRIO
EditoraLPM
AutorSERGIO FARACO
Ano da Edição2024
EAN139786556665153
Edição1
IdiomaPORTUGUES
FabricanteLPM
Páginas120

Saiba mais

'Em meu primeiro passo na calçada, dois homens me seguraram, um em cada braço [...]. Tentei me libertar, mas um dos braços me foi torcido às costas, fazendo com que me curvasse e fosse ao chão. [...] - Não faz escândalo - disse um dos policiais -, ninguém está interessado nos teus gritos. [...]no outro lado da avenida, tive de entrar num Fusca bordô, onde aguardavam o motorista e outro homem. Os dois policiais, ambos robustos, sentaram-se no banco traseiro, espremendo-me no meio. Levaram-me para um sobrado de dois pisos na rua Duque de Caxias no 1705, quase defronte à Praça do Portão. [...]. Deixaram-me encerrado numa peça do piso superior, de parco e arruinado mobiliário: a escrivaninha, a máquina de escrever, a cadeira almofadada e três ou quatro cadeiras comuns. Para me vigiar, foi chamado um guarda-civil. Finalmente, acabava a angústia de não saber quando seria preso. Começaria uma outra. Chegara a minha vez.' Anos de horror Em 1963, Sergio Faraco, então jovem membro do Partido Comunista Brasileiro, viajou a Moscou às expensas do Partido Comunista da União Soviética para estudar. Acabou se indispondo com o autoritarismo e preso em isolamento no Hospital do Kremlin (espécie de gulag urbano), para ser 'reeducado'. Retornou em 1965 a um Brasil onde ocorrera um golpe e se iniciara a ditadura militar - que, é claro, não deixaria impune um jovem militante recém-chegado do berço do comunismo. Ainda alquebrado pela experiência soviética, Faraco foi preso pela Interpol em Porto Alegre, num sobrado da rua Duque de Caxias, e dali não saiu incólume. Esta importante obra documental rememora e revive os anos de horror de 1964 a 1985 no Brasil. Vigia então o Estado repressor, em que todas as garantias e liberdades individuais estavam suspensas, em que imperava o denuncismo, com vizinhos, conhecidos e até amigos desconfiando uns dos outros, e no qual mesmo uma delação sem fundamento podia significar um caminho até a tortura e a mort Um relato magistralmente escrito, profundamente humano, universal, atual e necessário.
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