Catástrofe Ancestral
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Detalhes
CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
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Número de Páginas | 256 |
Subtítulo | E EXISTENCIAS NO LIBERALISMO TARDIO |
Editora | UBU EDITORA |
Autor | ELIZABETH POVINELLI |
Ano da Edição | 2024 |
EAN13 | 9788571261730 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
Fabricante | UBU EDITORA |
ISBN | 8571261733 |
Páginas | 256 |
Saiba mais
?Catástrofes ancestrais são passado e presente, continuam nascendo mais do colonialismo e do racismo do que do horizonte do progresso liberal.?Em Catástrofe ancestral - e existências no liberalismo tardio a antropóloga Elizabeth A. Povinelli denuncia o mundo ocidental e seu projeto iluminista como responsável pelas crises que hoje colocam a existência de toda a terra em risco. A catástrofe em curso se origina na catástrofe ancestral, que se inicia na colonização, que amarrou mundos num processo em que a riqueza e bem-estar de alguns se fez em detrimento da miséria e poluição de outros.Lançando mão do trabalho de Glissant, Deleuze e Guattari, Césaire e Arendt, aliada a sua experiência de campo com povos aborígenes na Austrália, Povinelli focaliza a noção de existência para denunciar a violência colonial capitalista e sua agência destrutiva que construiu mundos a partir de cataclismas. Aqueles que se beneficiam até hoje do deslocamento global de materiais negam sua relação com a degradação à distância, negam a relação entre sua comida saudável, a água potável e o ar limpo que têm acesso com aterros tóxicos de outros lugares.A autora denuncia ainda a perversidade do liberalismo tardio, que reage às demandas de novos movimentos sociais anticoloniais e anticapitalistas extraordinariamente poderosos, reconhecendo apenas superficialmente as bases racistas e paternalistas de suas práticas coloniais, desculpando-se ou instituindo políticas inclusivas ou de cuidados ambientais, sem, no entanto, transformar o modus operandi do sistema, que continua operante.A saída possível para o atual estado de emergência é reconhecer o repertório de saberes e práticas dos povos subjugados que a cultura ocidental absorveu sorrateiramente através do domínio colonial, utilizando-o para seus objetivos extrativistas e expropriatórios e mantendo-o oculto sob os próprios valores.