Amores Exilados
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Detalhes
CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
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Número de Páginas | 240 |
Subtítulo | AMORES EXILADOS |
Editora | RECORD |
Autor | GODOFREDO DE OLIVEIRA NETO |
Ano da Edição | 2011 |
EAN13 | 9788501089076 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
Fabricante | RECORD |
ISBN | 8501089079 |
Páginas | 240 |
Saiba mais
São raros os romances ambientados no exílio de brasileiros durante a ditadura militar. A trama de Amores exilados, do consagrado romancista catarinense Godofredo de Oliveira Neto, vem preencher essa lacuna e mostrar como aqueles tempos cavernosos da história do Brasil, com tendências político-ideológicas em choque, podem explicar o país de hoje. Como o título anuncia, o romance é também uma história de amor, envolvendo um desesperado triângulo entre o catarinense Fábio, o baiano Lázaro expatriados em Paris que integram a célula política Aliança Socialista Libertadora e a francesa Muriel, que namora o primeiro e antes teve um caso com o segundo. "Amar no exílio potencializa a sensibilidade", define Godofredo que, na mesma época em que se passa a ação do livro, estudou literatura na França.
Lançado originalmente em 1997 com o título Pedaço de santo, o romance prestes a ser adaptado para um filme ganhou retoques textuais e a inserção de novos dados que acabaram por alterar a narrativa e a trajetória dos personagens, resultando em um livro completamente novo, numa linha conceitual já utilizada por escritores como Marguerite Duras e Autran Dourado. "Monet pintou a catedral de Rouen 40 vezes. Alguns desses quadros parecem absolutamente idênticos. Mas a ligeira modificação da luz e das cores torna cada quadro diferente um do outro. Acontece a mesma coisa na área do texto literário", comenta o escritor.Nos anos 70, o fervilhar político francês contrasta com a opressão no Brasil, que vai se tornando distante, impossível. De algum modo, porém, a perda e a expropriação encontram consolo nas ruas, bares e outros espaços por onde os jovens circulam, cruzando com outros companheiros obrigados pelo arbítrio ou pela falta de perspectivas a deixar seus países. Vindos de regiões tão diferentes como a Bahia de Lázaro e a Florianópolis de Fábio, o Catarina, os dois brasileiros, forçados a deixar o país nos anos de chumbo do governo militar, dividem uma existência de desenraizados, distantes de família e amigos, com a francesa Muriel, espécie de autoexilada de seu passado no próprio país.
Ao mesmo tempo em que acompanha o drama dos personagens, o livro repassa e discute os principais acontecimentos políticos da época a ditadura militar brasileira, a situação de Cuba, a queda de Allende no Chile. Como bem define a crítica Beatriz Resende, que assina a orelha do livro, "a juvenilidade e o sensualismo que atravessam a narrativa de Godofredo de Oliveira Neto tornam o romance não só o depoimento de uma época, mas uma narrativa de seduções: da cidade, de idéias e, sobretudo, de Muriel Melusina".