A Confissão De Lúcio
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Detalhes
CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
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Número de Páginas | 248 |
Subtítulo | EDICAO BILINGUE PORTUGUES - INGLES |
Editora | LANDMARK EDITORA |
Autor | MARIO DE SA CARNEIRO |
Ano da Edição | 2019 |
EAN13 | 9788580700640 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
Fabricante | LANDMARK EDITORA |
ISBN | 8580700647 |
Páginas | 248 |
Saiba mais
Chega ao público brasileiro em uma inédita edição bilíngue português-inglês, resgatando toda a trama e a genialidade de um dos maiores nomes do Modernismo português.
A CONFISSÃO DE LÚCIO, publicada pelo poeta Mário de Sá-Carneiro em 1914, um ano antes do aparecimento do primeiro número da revista Orpheu, é uma novela que parece apresentar, através da fragmentação, a existência de questões que ficam sem resposta. A repetição de silêncios intervalares, os espelhamentos intertextuais como forma de dar consistência a essa outra voz, o consciente de que tudo aquilo é material com que se constrói a obra de arte e cuja linguagem é plástica e maleável, criadora dum sentido provisório e impossível de fixar-se. É considerada por José Régio como a obra-prima de entre as novelas de Mário de Sá-Carneiro, onde estão presentes três de suas obsessões dominantes: o suicídio, o amor pervertido e o anormal avançando até a loucura.
Nesta obra, ao incitar os seus personagens na busca duma transcendência distorcida, Sá-Carneiro cria uma atmosfera de exacerbado lirismo. Capaz de acrescentar um prazeroso sabor ao narrar o inarrável, mesmo no leitor que possui poucas fibras de sensibilidade ele é capaz de produzir um turbilhão interior próximo ao palpitar acelerado do coração quando em êxtase.
A CONFISSÃO DE LÚCIO é uma das obras mais importantes de Mário de Sá-Carneiro porque contém três das suas obsessões dominantes: o suicídio, o amor pervertido e o anormal a avançar até à loucura, através da história dum triângulo entre Lúcio, Marta, e Ricardo - onde os estudiosos veem em Ricardo o outro de Lúcio, e Marta a ponte de ligação entre eles.
Apresentado sob a forma de uma confissão autobiográfica, um romance policial, a novela inicia-se com uma breve introdução, em que o narrador, Lúcio, ao assumir-se como autor, justifica o seu objetivo: confessar-se inocente após ter cumprido os dez anos de prisão a que fora condenado pelo assassínio dum amigo, Ricardo de Loureiro. O narrador promete dizer toda a verdade, mesmo quando ela é inverossímil, sobre essa morte ocorrida em circunstâncias misteriosas e sem testemunhas, mas considerada judicialmente como um crime passional. Por ser um texto de vanguarda, já que Mário de Sá-Carneiro empenhou-se na busca de novos significantes numa ruptura com o modelo centrado no código princípio-meio-fim, esta obra de ficção continua aberta a novos estudos e interpretações.