Onde Estivestes De Noite - Ed Comemorativa
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Economia de R$ 11,20Detalhes
CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
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Número de Páginas | 112 |
Subtítulo | ONDE ESTIVESTES DE NOITE - ED COMEMORATIVA |
Editora | ROCCO LV |
Autor | CLARICE LISPECTOR |
Ano da Edição | 2020 |
EAN13 | 9786555320145 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
Fabricante | ROCCO LV |
Compre Junto | 541042
542855 |
ISBN | 6555320141 |
Páginas | 112 |
Saiba mais
Os textos reunidos em Onde estivestes de noite desenham um conjunto heterogêneo, onde é possível identificar o tom das crônicas que Clarice Lispector publicava semanalmente em sua coluna do Jornal do Brasil de 1967 a 1973, reunidas em A descoberta do mundo (1984), como também certa crueza e humor que os aproxima daqueles publicados na mesma época em A via crucis do corpo (1974). Alguns dos textos, além disso, sofreram um deslocamento, pois já tinham sido publicados anteriormente ("Esvaziamento" e "Um caso complicado"), outros foram extraídos de romances e submetidos a ligeiras modificações, procedimentos que indiciam a urgência que a autora tinha de escrever para garantir sua sobrevivência. Passo a passo, as narrativas vão compondo uma cartografia de impressões, sensações, notícias da vida carioca, onde figuram também amigos, referências afetivas e artísticas - Alberto Dines, Fauzi Arap, Raul Seixas, Marly de Oliveira, Nelson Rodrigues, Roberto Carlos, Angela Pralini, personagem que reaparece em Um sopro de vida, e também a escritora, uma "tal de Clarice"-, formando uma série de flashes fotográficos que cristalizam, em imagem, um instante no movimento sem parada da existência. É, aliás, movimento o eixo que enlaça as narrativas desta coletânea. As personagens estão sempre em trânsito. O movimento tanto pode ser obstinadamente direcionado, como pode carecer de leme, pode ter como horizonte a vida, ou a morte. Em qualquer circunstância, no entanto, há um sentimento de solidão e uma zona de silêncio que atravessam essas pequenas peças, o que não impede a narradora de "O relatório da coisa" de dizer: "Acorda-me, Sveglia, quero ver a realidade", e continuar em frente. - BERTA WALDMAN, Profª de Literatura Brasileira e Teoria Literária - UNICAMP/USP.