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Identidade E Violência

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CARACTERÍSTICAS

FormatoBROCHURA
Número de Páginas208
SubtítuloA ILUSAO DO DESTINO
EditoraILUMINURAS
AutorAMARTYA SEM
Ano da Edição2015
EAN139788573214703
Edição1
IdiomaPORTUGUES
FabricanteILUMINURAS
ISBN8573214708
Páginas208

Saiba mais

Neste abrangente livro de aguda filosofia, Amartya Sen não hesita em sugerir que a violência assassina que envolve o mundo atual decorre tanto de infelizes confusões conceituais quanto de ódios ancestrais. Lembrando que a identidade reconforta tanto quanto mata, e que como destino não passa de ilusão, o autor revê temas incontornáveis como a falsa oposição entre o Ocidente e o Antiocidente, o confinamento civilizacional e a liberdade de pensar e manifestar-se sem o temor de represálias físicas e morais. Com seu estilo magistral, ampla erudição e senso de humor, Amartya Sen é um dos poucos intelectuais em todo o mundo em quem podemos nos apoiar para compreender nossa atual confusão existencial. O escritor italiano Claudio Magris, vai direto ao ponto: "as fronteiras sempre cobram seus tributos em sangue". E por trás das fronteiras de todo tipo, exacerbando-as rumo a uma violência crescente, estão as identidades em seu modo degradado, sociopatia execrável num mundo acuado pela barbárie de cada dia. É de fato em nome da identidade que coletivos políticos, religiosos, étnicos, fora e dentro do Estado, com renovado vigor, exercem hoje a arbitrariedade, fomentam o conflito, mutilam e matam. Com uma leveza que não exclui a coragem de evitar as ideias feitas, inclusive as do politicamente correto, e falando a partir do capital cultural acumulado por sua própria origem indiana, Amartya Sen denuncia a violência da ilusão identitária e o cativeiro em que se transforma a cultura quando se dobra a essa miragem e deixa de defender a liberdade. Pondo em xeque o reducionismo que consiste em dividir e opor as pessoas pela raça a que pertencem, ou religião, ou classe, ou partido, Amartya Sen revê nestas páginas o conflito entre as civilizações, os erros e acertos do multiculturalismo e a possibilidade de estender a democracia, que não tem passaporte, a todos os modos escolhidos pela humanidade para organizar-se. Defendendo uma ideia de identidade não solitarista e pondo pelo contrário em destaque as múltiplas identidades comuns que mais aproximam as pessoas do que as separam, dentro e fora de cada país, Estado ou coletivo, Amartya Sen, ao mesmo tempo que lembra ser ilusória e farsesca a ideia de um destino inevitável, atreve-se a falar na possibilidade de um mundo melhor num momento em que muitos ainda pregam o obscurantismo em seus vários matizes. Economista heterodoxo reconhecido pelo Prêmio Nobel e, pelo menos até a data de saída deste livro no Brasil, reitor da Universidade de Nalanda, na Índia - recém-criada mas já a perigo exatamente por uma questão de identidade -, Amartya Sen é um exemplo da força do pensamento claro, aberto e humanista. Teixeira coelho.