Homo Poeticus
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CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
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Número de Páginas | 312 |
Editora | AYINE |
Autor | DANILO KIS |
Ano da Edição | 2021 |
EAN13 | 9786586683875 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
ISBN | 6586683874 |
Páginas | 312 |
Saiba mais
Entre todos os escritores de sua geração, franceses e estrangeiros, que nos anos oitenta viviam em Paris, era talvez o maior. Certamente o mais invisível, Milan Kundera escreve sobre Danilo Ki?, em seguida especificando: «A deusa chamada Atualidade não tinha motivos para apontar os refletores para ele? que nunca sacrificou seus romances em nome da política. Desse modo, ele pôde compreender o que havia de mais comovente: os destinos esquecidos desde o nascimento». Palavras que destacam a refratariedade de Ki? a qualquer pertencimento, mesmo em momentos e lugares em que certos rótulos lisonjeiros teriam, de modo automático, garantido grandes simpatias. Eu não sou um dissedente, ele escreveu. Porquanto a única pátria de Ki? seja a literatura, sua militância exclusiva é a de um escritor bastardo do mundo já desaparecido da Europa central. Enquanto coleção de ensaios e entrevistas nas quais Ki?, concentrando sua genialidade a uma gama ampla de temas, insere-se ora na grande literatura europeia e americana entregando-nos páginas magistrais sobre Borges, Flaubert, Nabokov, Sade, ora na história do século XX, Homo poeticus oferece um testemunho eloquente dessa liberdade irredutível. Ele reivindica, de modo constante, a riqueza polimórfica e a unidade substancial da tradição europeia, da qual o espírito balcânico é uma parte irreprimível, e contra a redução do homem a um zôon politikón, as razões do homo poeticus, testemunha inexorável de destinos condenados ao esquecimento, de tragédias silenciosas, de tumbas sem nome e, por fim, do delírio de um século.