Gume De Gueixa
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CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
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Número de Páginas | 94 |
Subtítulo | GUME DE GUEIXA |
Editora | AUTORES PARANAENSES |
Autor | JANDIRA ZANCHI |
Ano da Edição | 2013 |
EAN13 | 9788582970393 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
Fabricante | AUTORES PARANAENSES |
ISBN | 8582970390 |
Páginas | 94 |
Saiba mais
Explodindo a aquarela da consciência: uma introdução a "Gume de Gueixa", de Jandira Zanchi.
Como é bastante sabido entre os conhecedores de poesia, Rimbaud, numa carta a Paul Demeny, sugeriu que o poeta deveria se tornar uma espécie de vidente por meio de um "longo, imenso e ponderado desregramento de todos os sentidos"[1]. Descontando as evidentes conotações místicas do termo vidente (uma variante da concepção romântica do poeta vate), podemos dizer que Rimbaud pensava numa poesia do futuro, projetiva ? o poeta como ?antena da raça?, para citar a formulação de Ezra Pound, que os conhecedores, mais uma vez, hão de reconhecer[2]. Abrindo-se para toda sorte de novas experiências, vivendo intensamente, colhendo com os sentidos muito de tudo ("todas as formas de amor, de sofrimento, de loucura"), o poeta esgota os caminhos previamente traçados, o campo mapeado do possível, até tocar, com a ponta dos dedos, o véu do desconhecido e descortinar o futuro. Aonde quer que a humanidade chegue um dia, o poeta já esteve lá e agora traz os ecos de uma terra distante e obscura. Como bem disse o mestre Caeiro:
Sou o descobridor da Natureza.
Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele próprio.[3]