Discurso Filosófico Da Acumulação Primitiva
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Detalhes
CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
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Número de Páginas | 504 |
Subtítulo | ESTUDO SOBRE AS ORIGENS DO PENSAMENTO MODERNO |
Editora | EDITORA ELEFANTE |
Autor | PEDRO ROCHA DE OLVEIRA |
Ano da Edição | 2024 |
EAN13 | 9786560080072 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
Fabricante | EDITORA ELEFANTE |
Páginas | 504 |
Saiba mais
Ao estudar o Renascimento inglês, Pedro Rocha de Oliveira escancarou um fato extremamente atual: o de que a modernidade - que se confunde com o capitalismo, a acumulação primitiva e o progresso - é uma engrenagem que obrigatoriamente precisa de uma população periférica, externa ou interna, que é descartável, isto é, matável.
O 'populacho' está fora do acordo oligárquico que define uma democracia - que pertence aos experts, aos proprietários, os quais detêm o monopólio da racionalidade. Todas as nações do mundo fizeram isso, desde o início: Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Itália etc.
O Brasil também, claro, desde sempre, porque esse é o regime da Colônia, ou seja, o conjunto da população matável administrada de fora por uma metrópole. Depois, a metrópole é interiorizada, com os mesmos objetivos. Por isso é que até hoje se mata nos campos e nas periferias deste país, impunemente.
Eis o denominador comum de todas as elites brasileiras, sejam de esquerda ou de direita: todas são progressistas, pois o progresso é isso. E quem não se adequa a essa realidade é considerado 'obscurantista', 'medieval', 'atrasado', 'pré-moderno' etc.
Para as pessoas que recebem essas alcunhas, o mundo 'superior' do saber, da ciência, da administração pública não diz nada. O Estado é sempre visto como um inimigo do povo. O capitalismo, o progresso, a modernidade podem ser resumidos como uma guerra civil dos cidadãos contra os não cidadãos.
A modernidade é o pressuposto de que existe um lado superior (civilização, progresso, racionalidade, administração pública, crítica da superstição), e um inferior, que são os não cidadãos, descartáveis, matáveis. O preço do progresso é o sacrifício de pobres, negros, índios, camponeses, mulheres etc."
- Paulo Arantes.