Tarja topo Desktop

A Materia Mais Suja Do Dia

De: R$ 63,00Por: R$ 36,50

Preço a vista: R$ 36,50

Economia de R$ 26,50

Comprar

Detalhes

CARACTERÍSTICAS

FormatoBROCHURA
Número de Páginas72
EditoraEDITORA NOS
AutorMARIANA PAZ
Ano da Edição2021
EAN139786586135466
Edição2021
IdiomaPORTUGUES
ISBN658613546X
Páginas72

Saiba mais

"entre o chão e a relva/ entre a rocha e o anjo/ morre a morte/ morre o sepulcro de pedra/ a luz treme/ a rocha forja/ o musgo nasce" Como tudo na poesia de Mariana Paz, este pequeno poema é um enigma, esfinge mineira, e, ainda que não a decifre, deleite-se. A matéria inegável de seus substantivos indiscutíveis - chão, rocha, pedra, morte - pavimentam o solo da poesia, de algum modo metafísica - pois vai além, desdobra-se da matéria, emoldura-se num horizonte de montanhas de ferro e profundezas de aço. No cenário seco do cemitério evocado no poema, anjo é de pedra e até a morte morre repetidamente, mostrando que, no reino das palavras, esses pequenos milagres metafísicos, até a morte tem fim. Mas não se engane pelo cenário, pela dureza da pedra: ali, a rocha também é anjo, a luz treme - e quem há de negar que movimento é vida - e entre o engenho humano que forja a rocha, vejamos: "o musgo nasce". Frescor e sombra, alento e alívio. A explosão poética silenciosa e contida de Mariana - e como fugir da palavra "lapidada"? -