A Cultura E A Língua Pomeranas Vão À Escola
De: R$ 70,00Por: R$ 42,00ou X de
Economia de R$ 28,00Formas de pagamento:
Detalhes
CARACTERÍSTICAS
Formato | BROCHURA |
---|---|
Número de Páginas | 199 |
Subtítulo | A CULTURA E A LÍNGUA POMERANAS VÃO À ESCOLA |
Editora | APPRIS |
Autor | SINTIA BAUSEN KUSTER |
Ano da Edição | 2018 |
EAN13 | 9788547306816 |
Edição | 1 |
Idioma | PORTUGUES |
Fabricante | APPRIS |
ISBN | 8547306811 |
Páginas | 199 |
Saiba mais
Na década de 1980, quando comecei minha vida escolar, aos 7 anos, ainda não existia pré-escola na região de São Sebastião de Belém, Santa Maria de Jetibá (ES), comunidade onde eu morava. Praticamente desconhecíamos o português. Aliás, todas as pessoas com quem convivíamos falavam somente o pomerano, tanto no domínio privado como nas interações fora dele. Em qualquer situação, o ingresso na escola gera ansiedade e expectativa nas crianças. Comigo também foi assim, mas o medo em relação a aprender e praticar uma língua diferente, desconhecida da que eu usava em casa, agravou essa ansiedade. Embora já estivéssemos em 1982, ainda ressoavam as pressões de assimilação da cultura dominante, resquícios da medida de Vargas proibindo o uso de línguas estrangeiras no espaço escolar. Nesse primeiro contato com a escola, minha reação foi de estranhamento. Inúmeras preocupações fervilhavam na minha mente: como eu daria conta de aprender a falar uma nova língua e também de assimilar todo o conteúdo proposto? Não conseguia entender por que, naquele espaço, nossa língua era totalmente anulada e corríamos até riscos de punição física e moral, se ousássemos usá-la. No primeiro momento, eu só pensava em fugir daquele lugar. Mas, como os colegas veteranos se propunham a ajudar os iniciantes, eu e outros alunos da minha sala que também eram descendentes de pomeranos enfrentamos isso de forma menos constrangedora.